sábado, 10 de maio de 2014

Polenta ítalo-mineira

Esse prato é, na verdade, bem simples. O diferencial fica por conta de alguns detalhes.
O primeiro é o uso da polenta branca (a mesma que eu usei aqui) e o segundo é a couve cozida dentro da polenta.
No fim, você tem uma polenta com as cores da bandeira da Itália, mas com a mineirice da couve.
Fora dizer que fica perfeita para o friozinho que está chegando.



Para duas pessoas que comem bem, você vai precisar:
1 xícara de polenta branca
6 xícaras de caldo de legumes
8 ou 10 folhas de couve, desta vez, orgânica (eu fatiei grosso, porque apesar do avô mineiro, não tenho o dom de fatiar a couve fininha)
1 pote de extrato de tomate (usei o Blessing, orgânico e muito gostoso)
250 g de carne moída (patinho, como sempre)
1/2 cebola (a que tinha aqui em casa era gigante, mas se você tiver uma cebola normal  pode por inteira)
pimenta calabresa (se gostar)
sal
azeite para refogar a cebola

Para fazer, a primeira coisa é colocar o caldo para ferver, quando estiver fervendo, vá acrescentando a polenta aos poucos, até colocar toda e levantar fervura. Nesse ponto, você irá colocar a tampa e mexer de vez em quando. Esse processo leva entre meia hora e quarenta minutos, porque a polenta branca demora para ficar cozida. Experiente no final e se já estiver cozida, acrescente a couve. Basta deixar com a couve uns cinco minutos.

Em outra panela, refogue a cebola com um pouco de azeite. Quando estiver transparente, acrescente a carne e refoque. Depois acrescente o extrato de tomate, um pouco de sal e de pimenta calabresa. Se achar que está muito grosso, ponha água. Deixe apurar por pelo menos quinze minutos.

Depois é só servir.



Falei que era simples, né?


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Frango empanado assado mezzo Nigella mezzo Fernanda

Ontem, para o nosso jantar, adaptei uma receita de frango da Nigella do livro "Na cozinha com Nigella" e que ficou muito gostosa.
As principais diferenças foram os ingredientes da casquinha (já que eu não tinha todos) e o modo de preparo, porque a receita dela era frita (claro) e eu fiz assado.

Para duas pessoas é necessário:
2 filés de frango
1/2 colher de sopa de molho inglês
250 ml de leite
1/2 limão
farinha de rosca (o suficiente para empanar o filé)
1 colher de chá de pimenta caiena (se não gostar, coloque menos ou nem ponha)
1 colher de sopa de parmesão
sal

A primeira coisa a fazer é misturar o leite e o limão numa tigela onde caibam os filés de frango depois.
Aguarde 5 minutos, acrescente o molho inglês e misture. Você vai ver que o leite vai estar talhado, parecendo um iogurte fino. É o que a Nigella chama de leitelho, que me parece ser mais comum na Europa do que por aqui.
Coloque os filés de frango nessa mistura e deixe por pelo menos 30 minutos.
Num prato raso, misture a farinha de rosca, a pimenta, o parmesão e o sal.
Passados os trinta minutos, retire os frangos do leitelho e passe na farinha de rosca.
Coloque numa forma antiaderente e leve ao forno pré aquecido. Deixe 15 minutos de cada lado e está pronto!
Para acompanhar, fiz aquela salada de couscous marroquino com tomate que postei aqui.
Ficou bem leve, mas muito saboroso. Uma jantinha com cara de especial.



A crosta ficou super crocante!! 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Bolo de carne diferente

Uma das regras do Michael Pollan é" nunca como nada que sua avó não reconheceria como comida". Um exemplo que ele dá disso é aquela bisnaga de queijo que parece um tubo de pasta de dente. Isso deve ser mais comum nos EUA, mas já tem em alguns supermercados por aqui.
Se faça a pergunta: minha vó, ou minha bisavó, reconheceria esse tubo metálico como queijo? Com certeza, não, né?
Mas uma coisa que todo mundo reconhece como comida é um bolo de carne moída caseiro.
Ontem à noite fiz um para jantarmos, mas com uma diferença: coloquei batata na "massa" do bolo. Pode não ter ficado muito bonito, mas ficou bom demais!

Para duas pessoas você vai precisar: 
250 g de carne moída (usei patinho)
2 batatas
1/2 cebola ralada (ou bem picadinha)
2 dentes de alho picados
1 colher de sopa de mostarda
sal a gosto
pimenta do reino a gosto 
cebolinha picada a gosto
mostarda, se quiser e gostar
2 batatas
leite, se precisar

A primeira coisa é cozinhar a batata e deixar esfriar uma meia hora.
Depois disso, misture numa vasilha todos os ingredientes e esprema a batata com um espremedor por cima de tudo. Misture bem e se achar que está um pouco difícil de mexer, acrescente um pouco de leite.
Esse bolo de carne fica molinho, então o ideal é fazer em ramequins refratários ou num pirex.
Unte a forma escolhida com azeite e coloque no forno médio por cerca de 40 minutos.



Sei que ele não está exatamente bonito, mas ficou uma delícia. Por fora ficou sequinho e quase crocante e por dentro ficou muito macio por causa da batata espremida. Para acompanhar, uma bela saladinha.

Comidinha com jeito de casa!


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Maio: Mês Em Defesa da Comida

No começo desse ano, já preocupada com a qualidade da minha alimentação e do meu marido, li o livro "Em defesa da comida - um manifesto" de Michael Pollan. Recomendo muitíssimo o livro que está esgotado no fornecedor, mas dá para ler o e-book (que foi o que comprei).
Em tempo: parece que na Livraria Cultura tem o livro agora. Corre!!!! rsss




O autor depois de conversar com muita gente de produtores de alimentos a cientistas da nutrição chega a algumas conclusões bem interessantes, inclusive sobre a indústria do alimento e sai da pesquisa com as seguintes regras sobre alimentação:

"Coma comida. Não em excesso. Principalmente vegetais."

Olhando assim, parece quase besta, né? Umas regrinhas tão simples. Mas na verdade, quando você lê o livro, vê que é mais profundo do que parece. Já venho buscando seguir essas regras que fizeram muito sentido para mim, mas como estou em férias, quero aproveitar para aplicar isso um pouco melhor. Vou falar um pouco sobre como vou aplicar essas regras com mais força este mês.

Coma comida 
Essa regra, que é a mais importante, se refere principalmente a comer comida de verdade e não se alimentar, como o Pollan descreve, de produtos industrializados comestíveis. Ou seja, se eu estiver a fim de comer uma torta, não vou comprar uma torta congelada no mercado, vou fazer a minha própria torta. Claro que há momentos em que vou comprar produtos industrializados, afinal moro em São Paulo. Mas vou tentar comprar o alimento menos industrializado e processado que for possível. Uma troca que fiz após ler o livro foi parar de comprar requeijão e cream cheese para passar no pão. Ao invés disso, compro queijo branco. Que sim, é industrializado, já que não tenho uma Mimosa na área de serviço do apartamento para me dar leite, mas busco escolher sempre o que tem menor quantidade de conservantes e aditivos químicos.

Não em excesso
Meio auto explicativo, né? O autor fala sobre como hoje, com a facilidade em conseguir comida (ou produtos industrializados comestíveis) inclusive a preços baixos, acabamos comendo muito mais do que deveríamos ou precisamos. Um conselho que ele dá em relação a isso é sair da mesa antes de estar totalmente satisfeito. Ele mostra inclusive que algumas culturas tem ditados e "regras" para isso, como os japoneses que aconselham a parar de comer quando a pessoa estiver 80% satisfeita.

Principalmente vegetais
Esse aqui também é bem simples, né? No meu "Maio Em Defesa da Comida", para fazer isso, vou procurar comprar vegetais preferencialmente orgânicos (se der, nada de neurose), seguir a tabela de vegetais de época da Ceagesp, já que os vegetais de época são mais baratos e nutritivos e, o que é o mais divertido para mim, vou comprar (e fazer) coisas que não costumamos ter em casa. De repente, um purê de cará, quem sabe? Ou algo mais criativo, sei lá. O importante é comer bem para ter saúde!

Então, esse mês vou cozinhar tendo essas regrinhas sempre em mente e quando fizer alguma coisas gostosa e nutritiva, vou postar aqui.
Não vou postar o dia em que comermos arroz, feijão, bife e salada, porque veja bem, né? Mas quando tiver coisas diferentes e legais (e de preferência fáceis), coloco aqui.
E de novo, quem puder, leia o livro, é muito bom!
E se alguém tiver uma dica de prato ou receita e quiser me mandar, eu gostaria muito!