quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Invictus

Nesta segunda-feira de carnaval, achando que a cidade de São Paulo estaria relativamente vazia (eu sou doce, não? Achar que esta cidade se esvazia em algum momento), fui assistir ao filme Invictus. Só a título de informação, estou tentando ver a maioria dos dez filmes indicados ao Oscar de melhor filme este ano.
Enfim, voltando ao Invictus, devo dizer que gostei bastante, mais do que imaginava que gostaria. Recomendo!
A história acho que todo mundo já sabe, mas se passa na África do Sul, logo após a eleição do Nelson Mandela para presidente. O país ainda estava dividido, não por leis, mas pelo costume, em brancos e negros e Mandela enxerga na Copa Mundial de Rúgbi, que seria disputada na África do Sul, a possibilidade de unir os dois lados.
O que eu achei:
A história é muito bem contada e é interessante saber que se baseia em fatos reais. Talvez a participação de Mandela na Copa tenha sido exagerada (ou não), mas o Morgan Freeman está ótimo (como sempre) e consegue mostrar aquela gentileza no olhar que o próprio Mandela tem. Não é à toa que ele concorre como melhor ator. Também achei interessante que o filme mostra como Mandela era/é solitário, já que a família dele o deixava de lado, o que me deu um certo dó.
E o Matt Damon, que concorre como melhor ator coadjuvante também está ótemo! Ele faz o papel do capitão do time de rúgbi da África do Sul.
Outra coisa que eu achei interessante, foi a parte do rúgbi. Eu não sabia que existia uma Copa do Mundo de Rúgbi, assim como não imaginava que era tão popular. Na época do filme, anos noventa e pouco, era esperada uma audiência de 1 bilhão de pessoas para a final! Fiquei passada! E o jogo é bem violento, acho que a maioria dos jogadores de verdade não deve nem ter os dentes, sério!

E deixo aqui o belíssimo poema Invictus, de William E Henley, que ajudou Nelson Mandela a superar os piores momentos na prisão:

Do fundo da noite que me envolve
Escura como o inferno de ponta a ponta
Agradeço a qualquer Deus que seja
Pela minha alma inconquistável

Nas garras dos destino
Eu não vacilei nem chorei
Sob as pancadas do acaso
Minha cabeça está sangrenta, mas ereta

Além deste lugar tenebroso
Só se percebe o horror das trevas
E ainda assim, o tempo,
Encontra, e há de encontrar-me, destemido

Não importa quão estreito o portão
Nem quão pesado os ensinamentos
Eu sou o mestre do meu destino
Eu sou o comandante da minha alma

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